Qual é a melhor língua para se aprender, globalmente falando? Essa pergunta foi feita pela revista Intelligent Life a seis integrantes do prestigioso periódico britânico The Economist. A correspondente em São Paulo da revista, Helen Joyce, sustenta que o português - do Brasil - é a escolha mais racional a fazer, e o melhor investimento em termos de retorno social e financeiro.
Joyce argumenta que o português brasileiro - que ela trata como idioma e não como variedade - atende aos anseios tanto daqueles que estudam línguas por prazer quanto dos que o fazem por razões pragmáticas. Seus argumentos: o Brasil tem 190 milhões de habitantes, metade de um continente, e promissoras perspectivas econômicas. "São Paulo é a capital de negócios da América Latina. Não há outro país com uma flora e fauna tão variada e bonita. É a casa da maior floresta do planeta, a Amazônia. O clima é excelente e as praias também. As pessoas são simpáticas e terrivelmente mentirosas, ao dizerem que 'O seu português é excelente', muito antes que seja verdade."
Ela afirma ainda que, se uma pessoa fala português brasileiro, basta acrescentar algumas palavras ao seu vocabulário para fazer-se entender com facilidade em Portugal e demais países lusófonos. "Se você falar espanhol, francês ou italiano, metade do trabalho já está feito", completa Joyce. E vai além: "Quando penso que meus filhos, hoje com dez e cinco anos, um dia poderão escrever 'português brasileiro fluente' em seus currículos, fico envaidecida".
A revista Intelligent Life, que promoveu o debate no âmbito da série Big Questions (Grandes Questões), está promovendo uma enquete on-line para saber, na opinião do público, qual a melhor língua para se aprender. E, até o momento em que escrevo este post, português (brasileiro) e esperanto lideram a pesquisa, empatados com 22% das preferências. A seguir vem o espanhol, com 15%, o francês, com 13%, e o chinês, com 12%. Curiosamente, o inglês aparece na 32ª posição, bem atrás do russo, do gaélico e do latim. Talvez porque a maioria dos votantes seja de falantes nativos do inglês.
Por Aldo Bizzocchi
Nenhum comentário:
Postar um comentário